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Ansiedade? Não se desespere! Veja como lidar com ela

  • Foto do escritor: Dayanne de Souza
    Dayanne de Souza
  • 20 de jan.
  • 3 min de leitura
Mulher com expressão de preocupação

Quando nos deparamos com situações percebidas como ameaçadoras ou desafiadoras, o sistema de alerta do corpo é disparado e nos deixa preparados (as) para a luta ou fuga. No cotidiano, longe dos animais perigosos da floresta, sentimos ansiedade como um desconforto diante de situações novas, desafiadoras ou mediante a testes. Um nível moderado de ansiedade pode ser útil para lidar com essas situações, sendo comum sentir medo, sinais corporais como sensação de aperto no estômago, sudorese, dor de barriga, etc. Porém, o que se percebe hoje é que a ansiedade se tornou excessiva e persistente, interferindo significativamente na vida diária.


Os sintomas de ansiedade são diversos e podem variar de pessoa para pessoa, mas geralmente incluem preocupação excessiva e persistente, nervosismo, tensão muscular, dificuldade para se concentrar, irritabilidade, inquietação, alterações no sono, fadiga, palpitações e até mesmo sintomas físicos como dor de cabeça ou desconforto gastrointestinal. A ansiedade patológica também causa prejuízos nas interações sociais, uma vez que pessoas ansiosas podem sofrer de medos excessivos e irracionais que prejudicam a realização de atividades rotineiras, alterações de humor, rompantes de choro, inquietação e dificuldade para socializar, evitando o contato social.   


Os sinais corporais podem ajudar a reconhecer os sintomas da ansiedade, por isso é importante ficar atento (a) a eles. Geralmente, a pessoa ansiosa fica inquieta, não consegue se concentrar em nenhuma atividade, está constantemente procurando algo para comer, é invadida por pensamentos obsessivos de preocupação, fica irritável e estressada. Reconhecer esses sintomas precocemente pode ajudar na busca por tratamento adequado. O tratamento da ansiedade vai variar dependendo da gravidade.


Inicialmente, crie um estilo de vida saudável, inclua técnicas de relaxamento como meditação, respiração consciente ou até a prática de atividades como yoga. Além disso, cuide da alimentação, tente manter uma dieta equilibrada, evitando substâncias como álcool e cafeína, que podem influenciar e até desencadear uma crise de ansiedade. É importante ter uma rotina saudável de sono e praticar atividade física regularmente.


O uso excessivo de telas também pode potencializar a ansiedade. Uma pesquisa realizada pela Faculdade de Medicina da UFMG, em 2023, aponta que a utilização excessiva de dispositivos eletrônicos exerce um impacto negativo na saúde mental, causando aumento da ansiedade, depressão e estresse. Por isso, é importante determinar e diminuir o tempo de tela, procurar atividades fora das telas, principalmente, atividades ao ar livre.


Setting de psicoterapia - tratamento de ansiedade

Mas se você não está conseguindo lidar com a ansiedade sozinho (a), você pode procurar ajuda de um profissional. A psicoterapia é recomendada para ajudar o indivíduo na compreensão e mudança de padrões de pensamento e comportamento que, geralmente, são nocivos. E pode auxiliar na construção de ferramentas para lidar com os sintomas e identificar gatilhos.


Por fim, se for um caso de ansiedade muito acentuado, o ideal é combinar o tratamento psicológico com o uso de medicamentos para amenizar os sintomas. Nesse caso, é importante procurar um psiquiatra para avaliar seu quadro e fazer a prescrição da medicação.


Perceber os sinais de ansiedade no seu corpo, fazer mudanças na rotina e procurar ajudar são passos fundamentais para o controle da ansiedade. Porém, aqui vão algumas dicas práticas para te auxiliar:


  1. Um exercício rápido e interessante para reduzir a ansiedade é fazer uma respiração consciente. Ao inspirar o ar pelo nariz, conte mentalmente até 4, prenda a respiração contando até 7 e depois solte o ar pela boca, lentamente, contando até 8. Repita 3 vezes. Essa técnica pode ajudar a relaxar a mente. Faça antes de dormir.


  2. Organize seu espaço e gerencie seu tempo. É fundamental aprender a dizer “não”, assim você não fica sobrecarregado (a) com atividades que não têm importância para você. Estabeleça prioridades e organize suas tarefas, se preferir pode criar listas de tarefas e, ao concluir, faça algo prazeroso, assim terá uma sensação de progresso e de recompensa.


  3. Escrever o que está se passando por sua cabeça pode ajudar. Ao escrever, externaliza as emoções, organiza os pensamentos, facilita a avaliação e compreensão da situação, além de ajudar a racionalizar os medos, preocupações e angústias, também auxilia no autoconhecimento.


  4. Conversar com amigos, familiares ou participar de grupos de apoio pode proporcionar um suporte emocional valioso.


  5. Fazer alguma atividade, preferencialmente manual, é uma boa forma de distrair a mente. Você pode fazer algum tipo de artesanato, limpar alguma coisa, organizar algo em casa, desenhar, colorir ou pode dar uma volta no quarteirão observando tudo. Escutar música também pode ajudar.


Cada pessoa pode responder de maneira diferente aos tratamentos, portanto, é essencial trabalhar com um profissional de saúde mental para encontrar a melhor forma de controlar as crises.



 
 
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